#20 - tudo sobre o padastro da Lelê Saddi
Bom dia, interessada!
Já parou para pensar que o que você tem hoje já foi seu sonho algum dia?
Com o tempo nós tendemos a nos acostumar com as coisas que, em algum momento, eram extremamente importante para nós. Estar constantemente insatisfeita com o presente é um convite cheio para a infelicidade. Esse será o tema do meu próximo podcast que vai ao ar essa semana. Se você não segue ainda, é só clicar aqui.
TEMAS DE HOJE
Fofoquinha: O padrasto da Lelê Saddi
Para assistir: Jeanne du Barry
Moda: A estampa queridinha da Dolce & Gabbana
FOFOQUINHA
O padrasto da Lelê Saddi
O desenrolar dessa história começou com a pergunta “Como a Lelê Saddi conseguiu acesso ao Royal Enclousure no Ascot Royal?”(Se você perdeu essa parte, está perdendo conteúdo lá no instagram, mulher!!!!)
Uma das minhas teorias (e talvez a mais provável) é de que ela conseguiu acesso através do seu padrasto. É difícil explicar em palavras a magnitude da importância de Philippe de Nicolay Rotchschild, mas eu vou tentar.
(Obs: o conteúdo a seguir foi feito baseado nas diversas matérias e entrevistas que eu li para extrair as partes mais relevantes e trazer aqui de maneira resumida).
O começo da família Rothschild
A família Rothschild é uma dinastia bancária e financeira de origem judaica que foi fundada por Mayer Amschel Rothschild em Frankfurt, Alemanha. Mayer era de família simples, ficou órfão aos 11 anos e teve que trabalhar para sobreviver.
Ainda que as condições fossem completamente desfavoráveis, ele usou uma regra que costuma funcionar: trabalhou muito e economizou muito. No final do século 18 ele conseguiu guardar um pouco de dinheiro e passou a vender raras moedas e outros objetos. Mayer estabeleceu relações com a nobreza europeia, especialmente com o príncipe Guilherme I de Hesse-Kassel.
O patriarca mandou cada um dos seus cinco filhos (homens!) para uma grande cidade europeia para expandir os negócios da família: Nathan para Londres, James para Paris, Salomon para Viena, Carl para Nápoles e Amschel ficou em Frankfurt. Esta expansão permitiu à família criar uma rede bancária internacional sem precedentes.
Durante o século XIX, os Rothschild financiaram guerras, governos e projetos de infraestrutura em toda a Europa. Eles foram pioneiros em práticas bancárias modernas, como empréstimos internacionais e operações cambiais.
A família teve papel crucial no financiamento da campanha britânica contra Napoleão Bonaparte. Nathan Rothschild, em particular, ficou famoso por supostamente lucrar com informações antecipadas sobre a vitória britânica em Waterloo. Os Rothschild também foram importantes na criação do estado de Israel, com Edmond de Rothschild financiando os primeiros assentamentos judeus na Palestina no final do século XIX.
Além das finanças, a família se destacou em outras áreas. Eles se tornaram proprietários de vinícolas renomadas, como o Château Lafite Rothschild. Muitos membros da família foram colecionadores de arte e filantropos, criando museus e apoiando causas sociais.
Durante o regime nazista, muitos ativos da família na Europa continental foram confiscados, e alguns membros tiveram que fugir. Após a Segunda Guerra Mundial, a influência da família diminuiu em comparação com sua era de ouro no século XIX, mas eles continuam ativos em diversos setores econômicos e financeiros.
Na dinastia Rothschild apenas os homens podiam liderar os negócios. As mulheres tinham tempo e dinheiro de sobra para gastar e organizar festas incríveis como você verá a seguir.
Philippe
Agora que você já sabe sobre a família Rothschild, vamos falar sobre o barão Philippe, vulgo padrasto da Lelê.
Philippe nasceu em 1955, filho de Marie-Helene e François de Nicolaÿ. O pai era de uma das linhagens mais nobres da França.
Quando ele tinha 1 ano, a mãe deixou o marido para se casar com um primo, o barão Guy de Rothschild (olha a confusão).
Marie-Helene se tornou simplesmente a maior socialite da Europa na época. Desde cedo Philippe viveu rodeado de celebridades como Coco Chanel, Salvador Dalí, Maria Callas, Liz Taylor e Audrey Hepburn. O ápice foi quando seus pais receberam a rainha da Inglaterra no haras da família em Deauville e os reis da Bélgica em Ferrières. (Vocês tem noção agora,né?)
Hora do duplo twist:
Depois que Marie-Hélène faleceu, em 1996, Philippe finalmente tomou coragem para perguntar a Guy se ele era seu pai biológico. A resposta foi sim.
Ou seja: sua mãe tinha um relacionamento com Guy enquanto ainda era casada com François.
Philippe decidiu manter o sobrenome dos dois pais, por isso se chama hoje Philippe Nicolaÿ de Rothschild.
O primeiro casamento do barão foi com a princesa Sophie de Ligne. Os Ligne são considerados a família mais nobre da Bélgica. Tanto é que até Grace Kelly e seu marido, Reinier de Mônaco, foram no noivado do casal! Philippe e Sophie casaram-se em 1982 e, alguns anos depois, tiveram dois filhos. Em 1998 o casal se separou.
Philippe trabalhou a maior parte da vida na empresa familiar focada no mercado financeiro. Em 2010 ele decidiu largar tudo e vir morar no Brasil. Ele se apaixonou por Cris Lotaif, mãe da Lelê e então diretora da Dior no Brasil.
Philippe queria empreender no país e em 2014 criou a PNR Group, importadora de vinhos (hoje também tem um sistema de vinhos por assinatura).
A família Rothschild tem algumas das marcas de vinhos mais exclusivas do mundo, alguns rótulos custando até 18 mil reais.
Tem coisa chique mais chique que essa família?
PARA ASSISTIR
Jeanne du Barry
Vamos de dica de filme do jeito que amamos: história!
“Jeanne du Barry: a favorita do rei” retrata a história de Madame du Barry, a última amante do rei Luís XV. Na edição #17 da newsletter nós vimos que ele teve várias amantes, sendo as principais Madame de Pompadour e Madame du Barry.
A vida de Jeanne não foi fácil: a mãe (solteira) era cozinheira e elas tiveram que se virar para sobreviver. Eu não vou dar muito spoiler, mas as coisas começam a mudar quando ela se casa com Guillaume du Barry.
Por que você deve assistir:
O filme retrata diversos costumes de Versailles (achei interessantíssimo),
Johnny Deep interpreta Luís XV.. em francês!!
O filme foi dirigido e interpretado pela belíssima atriz francesa Maïwenn (fofoquinha abaixo).
Fofoquinha express:
Maïwenn conheceu o diretor de cinema francês Luc Besson quando tinha 12 anos de idade. Ele na época tinha 29.
Ela engravidou aos 15 anos e eles se casaram. Em janeiro de 1993, Maïwenn deu à luz a filha do casal, Shanna. Achei babado.
Onde assistir: Amazon Prime
MODA
A estampa queridinha da Dolce & Gabbana
Todas as bonitas me enviaram posts sobre a coleção Havaianas x Dolce & Gabbana. Algumas chocadas com o preço, outras com a fila 😁
Como vocês já sabem, quando está todo mundo falando sobre um assunto eu evito falar sobre ele. Exceto quando posso contribuir de maneira interessante, vamos ver se consigo.
A colaboração foi feita na “zona de conforto” das duas marcas. Havaianas entrou com o chinelo de borracha “tradicional” e a Dolce & Gabbana entrou com as estampas já muito conhecidas da marca.
A D&G tem muita referência do sul da Itália, especialmente da Sicília, região onde nasceu Domenico Dolce. É o caso da estampa majólica que nós vamos aprender hoje. (Alguns lugares escrevem maiólica. Aqui vou falar majólica).
A arte da majólica foi levada para a Sicília pelos árabes no século IX e, desde então, tornou-se parte essencial da cultura e do artesanato da ilha.
Originalmente, a majolica referia-se a peças de cerâmica decoradas com esmaltes coloridos e vibrantes sobre um fundo branco. Os designs geralmente apresentavam motivos florais, frutas, e cenas mitológicas ou históricas.
A Dolce & Gabbana adaptou esses padrões tradicionais para o mundo da moda, transformando-os em estampas icônicas para suas coleções. A marca começou a usar essas estampas de forma proeminente no início dos anos 2010, incorporando-as em vestidos, saias, bolsas e até mesmo eletrodomésticos.
Ao incorporar a estampa majólica em suas coleções, a Dolce & Gabbana demonstra a devoção inabalável da empresa ao artesanato italiano e à rica história cultural do país. Além disso, é uma maneira de levar um pedaço da Itália para a casa de milhares de pessoas no mundo inteiro.
Caso você tenha vontade de conhecer a região da Sicilia, vale a pena visitar Caltagirone, a cidade da “cerâmica” e que é bem conhecida por produzir majólica. Dizem que é impossível passar por lá sem comprar nada!
Ah, para a coleção de 2025 a marca está apostando na versão amarela da estampa.
"Qual é a maior lição que uma mulher pode aprender?
Que desde o primeiro dia, ela sempre teve tudo o que precisa dentro de si mesma. Foi o mundo que a convenceu que ela não tinha."
— Rapi Kaur
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Até o próximo domingo. Com carinho,
Larissa